Banco do Nordeste reforça apoio a produtores no 1º Seminário Potiguar de Ovinocaprinocultura
No evento foi destacado o pleno funcionamento do Frigorífico César Militão, em Lajes, o único abatedouro do estado com certificação sanitária para ovinos e caprinos.
O Campus Lajes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) sediou o 1º Seminário Potiguar de Ovinocaprinocultura. O evento contou com mais de 200 participantes e é o primeiro promovido pelo Grupo de Trabalho da Política da Ovinocaprinocultura do RN, instituído pela Lei nº 1.965/2024, no qual o Banco do Nordeste está se inserindo. O diretor de Planejamento, Aldemir Freire, e o superintendente potiguar, Jeová Lins, prometeram reforçar a atuação junto ao setor.
A atividade já é contemplada pelo Programa de Desenvolvimento Territorial do BNB (Prodeter), por meio do Território Sertão Central Cabugi, que trabalha na estruturação de cadeiras produtivas. O Seminário reuniu produtores rurais, parlamentares, representantes de empresas públicas e privadas ligadas ao setor e instituições de ensino, promovendo o intercâmbio de conhecimento técnico-científico e descobrindo estratégias para o fortalecimento da ovinocaprinocultura do estado. A programação durou todo o dia, com palestras, almoço de negócios e visita técnica à fazenda Barra da Cruz, no município de Angicos.
“Recursos financeiros adequados e o enquadramento normativo já existem. O atendimento pleno da atividade de ovinocaprinocultura passa necessariamente por melhoria do padrão genético dos rebanhos, via introdução de raças resistentes e adequadas ao semiárido, treinamento de produtores, firmação de convênios e protocolos, articulação de todos os elos da cadeia, desde a geração dos rebanhos, passando por oferta adequada de animais, pelo abate legalizado e chegando até à comercialização dos produtos acabados. O Banco do Nordeste está pronto para assistir a todos os elos”, garante o superintendente do RN, Jeová Lins.
No evento foi destacado o pleno funcionamento do Frigorífico César Militão, em Lajes, o único abatedouro do estado com certificação sanitária para ovinos e caprinos. Administrado pela Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos do Sertão Cabugi (Acosc) e supervisionado pelo Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), a estrutura possibilitou o abate de 1,5 mil animais em três meses, mas tem equipamentos para triplicar a produção.
Com interações entre parlamentares, que destinaram emendas para a Acosc, órgãos federais, estaduais e municipais, o Rio Grande do Norte começa a aproveitar melhor a vocação para a ovinocaprinocultura. A legislação vai ao encontro das necessidades e anseios do setor, visualiza dificuldades e as oportunidades para fortalecer a cadeia produtiva, melhorar a economia rural e valorizar os pequenos produtores com crédito acessível, qualificação técnica, desenvolvimento tecnológico, integração e infraestrutura.
“O Banco do Nordeste pode participar com recursos não reembolsáveis para um projeto de melhoramento genético. Vamos chamar a Emparn e a Emater-RN para elaborar esse projeto. Além disso, a gente pode entrar na estruturação da cadeia, no financiamento tanto dos produtores rurais quanto na área de abate, das empresas mais estruturadas. Então, a gente quer ser um parceiro forte da ovinocaprinocultura. Não à toa, estamos aqui com uma presença de cerca de dez funcionários”, evidencia o diretor de Planejamento, Aldemir Freire.
O evento coincide com a divulgação do Plano de Aplicação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), realizada ontem, quando ficou definido que a Superintendência Estadual do RN terá disponíveis R$ 940,3 milhões para aplicação no campo. São R$ 150,9 milhões para a agricultura, R$ 612,7 milhões para a pecuária e 176,7 milhões para a agroindústria. Vale considerar que a atividade da ovinocaprinocultura perpassa os três segmentos.