
A Câmara Municipal de Doutor Severiano aprovou, nesta sessão, o projeto que trata da gratificação expecional com recursos do Fundeb. No entanto, os profissionais da educação contratados ficaram de fora da divisão dos valores, o que gerou forte debate entre os parlamentares.
O tema foi amplamente discutido em plenário. A presidente da Casa, vereadora Lúcia Bessa, fez uma defesa firme da inclusão de todos os profissionais da educação, abrangendo professores, técnicos e trabalhadores que atuam na manutenção das escolas, como limpeza, cantina e apoio administrativo.

Durante a sessão, um fato chamou a atenção do público presente na galeria: a ausência da prefeita Maria de Fátima. Posteriormente o secretário municipal de Educação, compareceu para prestar esclarecimentos ao Legislativo. A representação do Executivo foi feita pelo chefe de gabinete da Prefeitura, Roberto Neri, que também é esposo da prefeita.

O projeto recebeu críticas principalmente pela falta de diálogo entre o Executivo e o Legislativo. Durante os debates, ficou claro que a articulação da prefeita Maria de Fátima se resumiu à divulgação de um vídeo informando que os professores efetivos seriam beneficiados pelo rateio, enquanto o diálogo político com a Câmara ficou sob responsabilidade do chefe de gabinete.

Parlamentares avaliaram que faltou habilidade política para amenizar o impacto do projeto, que, apesar de aprovado, acabou gerando desgaste para a gestão municipal. Mesmo com o voto favorável, vereadores cobraram publicamente que a prefeita busque alternativas para contemplar os profissionais contratados.
Ao final da sessão, a vereadora Lúcia Bessa destacou que faltou diálogo direto do chefe de gabinete com a presidência do Legislativo severianense, o que contribuiu para o clima de insatisfação em torno da matéria.
Nos bastidores políticos, aliados avaliam que a atuação de Roberto Neri tem provocado desgastes à gestão, sobretudo pela falta de experiência política, sendo frequentemente comparado ao ex-prefeito Dr. Neri, tio de Roberto, que comandou o município por cinco mandatos e era reconhecido pela habilidade no diálogo político.
Outro ponto criticado foi o curto prazo de tramitação do projeto. A matéria foi apresentada aos vereadores com menos de 48 horas de antecedência, sem discussão prévia com professores, vereadores e o Conselho do Fundeb.
Mesmo aprovado, o projeto deixou um recado claro do Legislativo: a expectativa é que o Executivo encontre uma forma de reconhecer e valorizar os profissionais contratados, que também contribuíram diretamente para o funcionamento da educação municipal.





